A Segurança Corporativa é um dos setores de serviços que mais cresce no país. Com um efetivo superior ao das forças policiais, é, hoje, o quarto maior setor empregador, ficando atrás somente da construção civil, serviços domésticos, limpeza e zeladorias. A arrecadação pelos cofres públicos por conta dos encargos trabalhistas da Segurança Privada já supera o montante recolhido por esses segmentos. Em 2002 o faturamento desse segmento foi de R$ 7 bilhões, com um crescimento significativo e atraente aos investidores, atingindo no ano de 2013 a cifra de R$ 43,5 bi e, em 2014, R$ 46 bi. A expectativa para o ano de 2015 é de R$ 50 bi, com um efetivo de aproximadamente dois milhões de trabalhadores formados pelas escolas especializadas e regularizados com as exigências do Ministério da Justiça.

Atualmente existem mais de duas mil empresas de segurança privada no Brasil. A evolução do setor é um dos reflexos da carência de investimentos públicos nos serviços de segurança, que nos apresenta a caótica situação vivida pela população, que teme a violência e, como alternativa, quando pode, contrata proteção privada. Para o Fórum de Segurança da Agenda 2020 o setor precisa ser estruturado como algo integrado e sistêmico, buscando através de um planejamento de longo prazo, a implantação de uma agenda comum que englobe todos os órgãos de segurança do Estado e envolva também a sociedade e as empresas particulares.

Contudo, a burocracia dificulta o empreendedorismo na área. Prova desta afirmação é o fato da Polícia Federal ter encerrado, só no ano de 2011, as atividades de 217 estabelecimentos que prestavam serviço de segurança privada de forma clandestina ou ilegal. Hoje cerca de 200 mil trabalhadores em atividade estão irregulares no Estado, sem o recolhimento dos encargos trabalhistas aos cofres públicos do RS, contabilizando um montante de R$ 2,5 bilhões ao ano que deixam de ser arrecadados. Valores estes que poderiam ser localizados por meio de uma fiscalização eficaz, compartilhada com e por profissionais especializados no tema e, obviamente, junto aos servidores públicos responsável pelo controle de tais serviços.

Fonte: Agenda 20/20 – site